O "Eu te amo" - Capítulo 1

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 Boa tarde internautas!!!

 Hoje não trago um mangá (apesar de ter um capítulo pronto para postar ;]) nem livros de minha autoria, trago a vocês a série mais linda, sexy e maravilhosa que já li nos últimos dois anos. Sim, vocês irão ao delírio, se prenderão com tanta fixação nas páginas, que se esquecerão de todo o resto. Passarão dias a fim sonhando com homens gostosos, musculosos e tesudos. Sem mais delongas, segue a baixo a sinopse do primeiro livro e a imagem de todos os 14 livros da série para vocês babarem um pouco nas capas.
       Fiu fiu gostoso!!!

 Ellie é uma enfermeira e fica horrorizada ao descobrir que a companhia farmacêutica para qual trabalha – as Indústrias Mercile – tem feito experimentos genéticos ilegais. Os cientistas combinaram DNA de humanos com o DNA de animais, criando uma nova espécie: seres humanos mais fortes e desenvolvidos. Um desses ''experimentos'', o prisioneiro 416, captura o coração de Ellie enquanto ela tenta salvá-lo. 
 Fury – como o 416 também é conhecido – nunca conheceu compaixão ou amor. Ele passou a vida inteira em uma cela, acorrentado e sofrendo abusos. Ellie, a única mulher em quem ele confiou, o traiu, e agora Fury está livre e à procura de vingança. O ex-prisioneiro jura acabar com a vida da enfermeira que o salvou, contudo, quando ela finalmente está em suas mãos, a única coisa que Fury não quer fazer com esta mulher pequenina e sexy é machucá-la.


Estamos de Volta!!!

 Boa tarde a todos.

 O blog está retomando suas atividades, mas as coisas terão um ritmo mais lento devido alguns fatores. Para os que já conheciam o blog de alguns anos atrás, vocês talvez notem que no menu há uma nova página denominada "Livros" . Nela vocês encontrarão alguns projetos de livros meus que ainda estão em andamento.
 Agora no inicio, as coisas demorarão um pouco a andar, já que estou sem internet em casa, para vocês terem ideia, eu moro em Americana e pra ter acesso a internet tenho que ir a casa da minha coroa que mora pela região de Jundiaí. Além disso, sempre que vou pra lá tenho que levar minha filha de seis meses comigo. Então além de ir pra lá, tenho que esperar a boa vontade dela de dormir pra que eu consiga fazer as coisas. Ou seja, paciência.
 Sem contar que por hora, sou apenas eu pra procurar mangás disponíveis, que não foram captados por outros scans, só tenho eu pra traduzir, limpar e editar.

 Obrigada a todas pela atenção, uhulll vamos celebrar \o/!!!


Recomeçar - Capítulo 2


Capítulo 2


Havia se passado semanas desde aquele memorável dia e como eu havia pedido, tínhamos voltado a trocar mensagens por cartazes, a nos reunir na varanda, a jogar hora ou outra banco imobiliário e principalmente, a trocar sorrisos e olhares cheios de cumplicidade.
Quanto ao pedido de Scott, bem, eu ainda não era capaz de respondê-lo. Eu desejava estar em seus braços, em sentir o suave toque de seus lábios, permitir que minha chama interior tomasse posse de mim; só não sabia como fazê-lo.
Eu tinha receio de não saber o que fazer, afinal de contas eu era virgem, uma mulher desprovida de experiência. E deixar a desejar neste sentido, me apavorava. E se ele enjoasse de mim, se eu não correspondesse a suas expectativas?
O que seria de mim?
Por mais que me doesse admitir, eu não era nada se comparado com Susan ou muitas das garotas que se atiram nele. Suan tinham um belo corpo, digno de ser esculpido, sua arrogância se equiparava a beleza.
Quanto a nossa discussão, era evidente que Susan não estava feliz com a situação. Scott não conversa mais com ela, a ignora por completo. Se precisava se dirigir a ela, tratava apenas do essencial. Susan me observava com tanto ódio, que mesmo estando de costas para ela, quando cravava os olhos em mim um calafrio percorria minha espinha.
As coisas com Scott andavam bem, conversávamos bastante no período da noite. Apesar de nessas horas estarmos sozinhos, o espaço entre as varandas nos separavam, isso me dava certa segurança. Eu evitava ficar sozinha com ele no mesmo cômodo.
Na escola evitávamos conversar muito, as pessoas não faziam ideia de que eramos velhos amigos, e eu gostava que tivéssemos um segredo nosso. Então fazíamos o possível para manter as coisas assim.
Por que Susan não tinha espalhado o que havia acontecido para todos eu não sabia, e sinceramente, esperava não saber. Eu supunha que tivesse vergonha de admitir derrota para uma garota mediana como eu.
Já era noite, e eu fazia minha lição de casa no quarto quando a luz da outra varanda acendeu e Scott apareceu do lado de fora de seu quarto.
– Está fazendo a lição de Geografia?
– Sim, tenho sérios problemas com essa matéria.
Encostamos no para-peito e ficamos ali conversando, olhando um para o outro.
Scott era um homem robusto, tinha 1,86 de altura e um corpo malhado. Adorava atividades físicas e nunca estava parado
– Devo dizer que também não é das minhas preferidas – Correu os dedos pelo cabelo.
– Scott, onde estão seus pais? Andei pensando e me dei conta de que não os vejo a algum tempo. Eles estão viajando?
– Algo do tipo – Sorriu – Minha mãe conseguiu uma bolsa para seu doutourado em París, como era seu sonhor ela não exitou em se mudar para lá. Meu pai não aguentaria ficar longe dela, então concordor em ir também.
– E como você tem conseguido se virar sozinho? Você ainda não tem dezoito anos, precisa deles para fazer certas coisas.
– Eu fui emancipado. Não dependo mais deles para nada.
– Entendo…
Scott normalmente era um homem muito sensato, mas tendo Amberly tão próxima de si aguçava-lhe os sentidos. Seu corpo queimava quase febril, na esperança de um toque. Sua vizinha a semanas vinha lhe roubando o sono.
– Sabe Amber, tenho tido problemas para dormir.
– Insônia talvez? – Maneei a cabeça.
– Não, acredito que o problema seja mais sério. Também tenho me sentido sozinho ultimamente. Alguém disse que viria em casa mais vezes, mas nem se atreve a pisar aqui – Brincou.
Devolvi o sorriso e corei.
– Tem medo que eu te devore? – Sussurou.
Seus lábios formaram um linha curva, a malícia estava explicita na sua cara.
Meu coração começa a palpitar desenfreadamente com a provocação. Scott passou a perna por cima do para-peito e pulou para minha varanda, elas eram muito próximas.
– D- Devorar?
– Sim. Teme que eu a beije? – Acaricio-me os lábios – São tentadores.
Eu estava perdida entre os movimentos sensuais de seus lábios e seu largo peitoral inflando-se com ar. Scott usava uma regata branca e uma calça de moleton preto. Seus cabelos que pendiam soltos até abaixo da orelha tinham as pontas ainda molhadas. Eu adora o castanho de seus cabelos.
– Amber, feche os olhos.
– Ãh? Fech…
– Shii – Interrompeu. – Feche os olhos.
Com receio o obedeci.
Scott aproximou-se mais, ficando a um fio de beija-la. Enlaçou-a pela cintura puxando-a contra sua abdome. Sutilmente deslizou os dedos pela gola de sua blusa até os botões, desabotoando dois deles, até que pudesse ver o que desejava, seu sutiã.
Amber era uma frágil e preciosa joia que ele manuseava com cuidado. Não tão apertado, nem tão solto, o suficiente para que sentisse sua quente respiração sobre a fina pele de seu pescoço.
– Rosa com renda e corações – Sorriu – Bem a sua cara.
Scott repousava a testa em meu ombro, permitindo-me apenas um vislumbre de seus lábios e largo ombro.
– Sco…
– Shii. Sinta Amber – Scott segurou uma de minhas mãos e levou até seu coração, que batia descompassado. Sua respiração era ofegante e suas mãos quentes. Uma neblina de excitação ofuscou minha visão – Vê por que não tenho conseguido dormir? É isso que você faz comigo – Scoot respirou e inspirou inalando o frescor da noite – Você ainda cheira a pitanga. Lembro-me da primeira vez que senti seu aroma. Estávamos na primeira série e brincávamos de pega-pega, era aniversário de um menino da nossa rua. Lembro de me esconder agachado atrás do sofá e logo em seguida você também veio se esconder ali, você se agachou na minha frente de costas para mim, e o vento que veio contra nós levou até eu o seu cheiro.
Na época você tinha cabelos curtos como agora e eu fiquei observando seu cabelo balançar com o vento. Acho que essa foi a primeira vez que minhas bochechas coraram e meu coração bateu mais forte por causa de uma menina.
Scott afastou-se de meu ombro e encarou-me, o brilho de seus olhos igualaram-se aos das estrelas daquela noite. Ele pareceu ponderar. Depositou uma de suas mãos em minha bochechas e com doçura cariciou meu rosto.



Em andamento…

Recomeçar - Capítulo 1


Capítulo 1




Eu sempre levara uma vida simples, não tinha muitas paixões ou desejos, mas era uma garota de bom coração. Cujo qual havia sido roubado por Scott, o “garanhão” da minha turma do fundamental.
Tinha sido uma boa época, cheia de lembranças maravilhosas, sorrisos tímidos trocados em silêncio entre nós, mas os bons momentos e sorrisos inocentes, não duraram muito.
Scott assim como eu, cresceu, e apesar de termos seguido todos estes anos juntos na mesma sala até o ensino médio, não foi o suficiente para que a amizade e carinho que mantínhamos um pelo outro durasse até então.
E foi assim que eu, Amberly, uma garota antes carismático e cheia de alegria, tornou-se pacata, alheia a vida e principalmente, desiludida. Quanto a Scott, de um garota tímido e fofo, a personificação da masculinidade.
Era uma manhã de quinta-feira, o dia amanhecera frio e como de costume eu observava as galhos das árvores dançarem com o vento. As folhas que se desprendiam dos galhos e rodopiavam pelo céu até finalmente caírem no chão, eram minha distração. Era isso ou olhar para frente e ver Scott em sua mesa rodeado de amigos, os quais eu não estava incluída.
Sentada ali olhando pela janela eu suspirava minhas desilusões, aquelas janelas eram meu muro das lamentações. A voz de Scott que conversava na frente do lado direito da sala, ecoava até meu coração, onde esbarrava numa grossa camada de pedra. Eu tinha tanto carinho para dá-lo, mas não sabia como fazê-lo que por fim, o repelia.
– Vamos Scott – Disse a loira de suntuosos seios que ela esforçava-se para encostá-los nele- Seus pais nem saberão.
– Não sei- Scott passou as mãos no cabelo, olhou para os lados desviando o olhar e tentando desconversar, mas a garota insistia. Por um instante nossos olhos se encontraram, mas eu rapidamente virei-me para a janela. Virei-me novamente para ele, mas ele já não me olhava mais, então relaxei. Foram necessários apenas segundos, para que meu corpo aquecesse e eu sentisse minha bochechas corarem. Ele não tinha noção dos efeitos que surtia em mim- Susan, você sabe que eu quero muito isso, mas em casa não é uma boa ideia.
– Em casa? – Pensei.
Eu era a única mulher que há havia entrado em seu quarto, pensar que logo talvez eu não fosse mais a única, de certa forma era decepcionante. Não era como se meus sentimentos continuassem os mesmo de anos atrás. As coisas haviam mudado, agora ele era unicamente um monte de músculos sem cérebro que só enxergava peitos e bundas, ou pelo menos era o que eu me forçava a acreditar para ter algo nele a que odiar. Por que se eu não tivesse isso a que me segurar, como reprimiria tantos sentimentos?
E foi assim que o dia se passou, cheio de tumultos.
Para minha infelicidade, Scott e eu eramos vizinhos e as varandas de nossos quartos ficavam de frente uma para a outra. As vezes pegava-me olhando para a cortina fechada de sua varanda, as portas eram de vidro assim como a minha.
Isso lembrava-me de quando trocávamos mensagens por cartazes pela varanda. Ficávamos horas assim, conversando silenciosamente durante a fria madrugada. Mas eu não via aquelas cortina abertas já a um bom tempo.
E foi quando como em resposta, a loira de seios suntuosos estirou as cortinas do quarto de Scott. Eu que estava em pé de frente para ela, recebi um piscadela e um sorriso malicioso, então ela jogou os cabelos para trás do ombro e deu-me as costas sumindo de vista.
Então ele havia concordado em levá-la ali.
Por um instante meu corpo paralisou-se, uma forte dor no peito alastrou-se dentro de mim, o som dos batimentos do meu coração ecoavam tão claramente em meus ouvidos que naquele momento eu soube; se eu não fizesse algo, eu me arrependeria.
De que adiantava criar motivos para odiá-lo quando na verdade eu sabia que tudo não passava de uma mentira, eram apenas fruto da minha imaginação.
Era uma noite chuvosa quando eu, com todo a minha coragem e medo, decidi que finalmente faria algo a respeito. Finalmente lutaria a luta que vinha a anos adiando.
Desci as escadas de minha casa como se minha vida dependesse disso, e ao esticar a mão para tocar a campainha de sua casa, os tremores de minhas pernas evidenciavam que eu reconhecia que o futuro da minha felicidade dependeria do rumo que as coisas tomariam assim que aquela porta se abrisse.
Então a apertei, e a campainha ressoou.
Os poucos minutos de espera pareceram durar horas, até a porta abrir-se e Scott olhar-me surpreso.
– Amberly? – Arqueou as sobrancelhas e deu uma rápida olhada para dentro da casa.
– Eu, eu sei que não está sozinho. Não se preocupe em escondê-la.
Susan provavelmente estaria em algum canto próximo da casa escutando a conversa, mas isso não importava. Eu precisava dizer-lhe, o quão importante ele era para mim. Mesmo que depois disso ele me desse um fora.
– Como assim? O que faz aqui Amberly? Você não vem aqui ou olha na minha cara faz anos, por que agora? Como você vê, não é uma boa hora.
– E quando será uma boa hora? Quando eu já não puder fazer nada a respeito?
Meus olhos começavam a marejar.
Ele estava certo, depois de tanto tempo, por que agora?
Todos estes anos eu havia o afastado, a medida que se destacava, que fazia novos amigos. Eu me sentia mais ofuscada, em segundo plano. A verdade era que eu tinha medo de ser deixada de lado, de ser rejeitada. De escutá-lo dizer que tudo havia acabado. Então o afastei, para que ele não tivesse a oportunidade de o fazer, de por um fim.
Finalmente estava claro. Era por isso que estava ali. Eu não queria mais ficar em segundo plano, não queria mais sofrer em silêncio.
Eu precisava dizer o que sentia, como me sentia e por quê sentia. Eu precisava ser ouvida.
Como um estouro de adrenalina, passei a falar:
– Eu quero ver a janela da sua varanda aberta mais vezes, quero vê-lo encostado no para-peito dela olhando as estrelas, não me lembro da última vez que o vi ali. Eu quero vir mais vezes na sua casa, como quando eramos crianças, para jogar banco imobiliário. Quero voltar a trocar olhares e sorrisos tímidos.
Aquilo fazia sentido?
O homem da minha vida estava prestes a levar para sua cama outra mulher, e a unica coisa que eu tinha pra dizer era isso?
Scott ponderou.
– Seu sutiã esta aparecendo- Ofegou.
Um lampejo de excitação brilhou nos olhos pretos de Scott.
Quando dei-me conta da ferocidade com que olhava-me, estremeci. Seu olhar conseguia penetrar a mais profunda camada de minha pele, acendendo uma brase que se alastrava por tudo o meu ser.
– Meu Deus Amber. Quando foi que você cresceu tanto?
Minhas bochechas coraram, ele não se referia a minha estatura e sim meu seios, os quais fazia questão de esconder de baixo de roupas bem recatadas. Cruzei os braços na frente dos seios e soltei um grunhido de vergonha.
Scott percebeu meu desconforto e desviou o olhar.
– Me desculpe. Eu não medi minhas palavras.
– Eu vim aqui depois de anos, abrindo meu coração pra você. E você me diz que consegui ver meu sutian…
– Sim, e devo dizer que quero vê-lo mais vezes. Você me pediu tanta coisa, que me vejo no direito de pedir algo em troca.
– Você só pode estar brincando né?
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo, depois de tanto esforço para vir aqui, ele me tratava assim?
Sinto muito Scott, mas eu tenho amor próprio.
Girei nos calcanhares e ia me retirando quando ele segurou-me pelo pulso puxando-me para seus braços.
– Espere Amberly! Eu não disse com intenção de te desrespeitar.
Sua expressão dizia que se arrependia, mas diante do contato físico essa era a menor de minhas preocupações. A camada de rochas envoltas em meu coração, começavam a desmoronar. Eu estava vulnerável, e isso me assustava.
– Não venha aqui, para depois simplesmente ir embora. Já a perdi uma vez, não suportaria isso novamente. Eu farei tudo que me pedir, mas fique. Por favor.
Sua voz transparecia tristeza, eu só não compreendia o por quê. Não era eu quem sofrera todos estes anos? Então porque ele compadecia da mesma dor?
– E-Eu não entendo…
– Então permita-me explicar – O seus olhos brilharam com a possibilidade e Scott pressionou-me contra seu peito, seu membro rígido roçou contra minha barriga estremecendo meu corpo com a intimidade. Sua mão deslizou sobre minhas costas, afundando em meus cabelos. Então inclinou-se para frente, seus lábios aproximaram-se tanto, que pude sentir sua respiração.
– Desculpe atrapalhar, mas estão esquecendo de uma coisa – Pronunciou-se Susan com sua arrogância.
Susan apoiava-se com os ombros na batente da porta de braços cruzados, nada feliz com o que quase acontecera.
Isso mesmo, QUASE.
Me desvencilhei dos braços de Scott na primeira oportunidade. Meu corpo ansiava por mais, mas psicologicamente eu não estava preparada. Ter homem como ele tão próximo tirava-me o ar.
– Scott, meu amor, você não vai entrar? – Susan cerrou os punhos, mas logo suavizou a expressão e caminhou até Scott insinuando-se. Apoiou as mãos em seus ombros e sussurrou encarando-me- Temos assuntos inacabados.
Scott correu os dedos pelos cabelos e bufou, seu olhar era intimidador.
– Susan. É melhor você voltar pra sua casa. Não há mais nada para você aqui.
– Você só pode estar brincando né! Trocar eu, por uma coisa dessa. Você não esta batendo bem da cabeça. Venha comigo – Segurou-lhe o punho – Para que eu posso clarear as coisas.
Eu já havia visto Scott bravo, mas nunca tão ardiloso. Seus olhos transbordavam despreso.
– Acho que você não entendeu Susan. Foi um erro trazê-la aqui. Um erro, que eu espero nunca mais cometer. Então sai! – Apontou para a rua – Antes que eu perca a paciência. Não preciso de uma boneca sem coração na minha cama.
Susan respirou fundo e se esforçou para não chorar com a crueldade de suas palavras, até eu me senti mal por ela. Por mais que fosse verdade, Scott não era a pessoa mais indicada para dizer isso.
Um lampejo de ódio brilhou em seus olhos, então virou-me para mim.
– Não pense que as coisas ficaram assim. Tenho tempo de sobra pra odiá-la e infernizar sua vida. Ele não estará sempre por perto para salvá-la.
E nisso ela tinha razão. Eu não esperava que ele estivesse, já era grandinha o suficiente para resolver meus problemas. Mas ainda assim um arrepio percorreu minha espinha. Esforcei-me para não transparecer a preocupação em minha palavras.
– Eu não espero que ele esteja. Posso cuidar de você sozinha.
Senti orgulho de mim por manter a postura numa situação desta, a qual não estava habituada. Nunca havia brigado por nada em minha vida. Essa guerra que havia comprado, assustava-me.
– Aproveite enquanto pode. O corpo dele não foi feito para ser desperdiçado com você. Ele é feito sobre medida pra mim, estou temporariamente te emprestando ele. Quando menos esperar, ele voltara para mim.
Com sua promessa de vingança lançada, Susan se foi trazendo paz ao meu universo.
Menos tensos, nossos olhos se encontraram e começamos a rir, como nos velhos tempo.
– Gostaria de entrar Amber? – O canto de seus lábios me disseram que aquilo não era seguro.
Por mais tentador que fosse, já era tarde e meus pais logo sentiriam falta de mim.
– Outro dia quem sabe, já esta tarde e eu sai sem avisar. Logo estarão correndo pelas ruas achando que me sequestraram, você sabe como minha família é dramática.
– Tudo bem, até amanhã então.
Nos despedimos com um beijo no rosto e quando já estávamos de costas um para o outro indo embora, ele chamou-me novamente com ar de brincalhão.
– Ah! Amber!
– Sim? – Perguntei curiosa.
– Foi bom conversar de novo com você. E sobre o sutiã, aquela proposta ainda esta de pé. Seria bom, ver de novo.
Não respondi, apenas corei e voltai a caminha para casa. Aquilo não merecia resposta, além de eu ser tímida demais para responder.
E este foi o início de um novo recomeço.

Floresta Kappa - Capítulo 1


Capítulo 1


Hilary estava perdida na intensa mata da floresta Kappa com um desconhecido e também seu inimigo. O homem de pele morena e cabelos longos esgueirava-se com naturalidade nos movimentos. Seus músculos exuberantes que se contraiam causavam-na rubor devido sua quase totalmente pele desnuda. Seus cabelos eram negros como a escuridão que os envolvia naquela noite sombria, seus olhos igualmente escuros compadeciam de um brilho resplandecedor. Suas feições bem masculinas delineavam traços de um hábil guerreiro. Seu tamanho que dobrava o dela a assustava por desconhecê-lo.

O homem que observava atentamente a movimentação da floresta, por fim dirigiu-se a Hilary. Com passos firmes aproximou-se. Tendo ela receio por sua aproximação, ele era inimigo de seu povo e estavam a sós. Hilary deu um passo para trás, na tentativa de aumentar a distância entre ambos, mas de nada isso serviria e ela sabia que por mais que estivesse em perigo junto a ele, sozinha não sobreviveria a floresta. Ela não o conhecia, não sabia onde estavam ou qual era o caminho para casa. Além do mais Robert já devia estar a sua procura.

Vendo o medo que se alastrava nos olhos de sua protegida diante de sua pessoa, o homem exuberante lhe esticou a mão, oferecendo-a.

-Eu não fazer mal a mulher. Mulher uma dadiva importante para Deus Anka. Deus Anka mandar eu proteger mulher. Eu estar aqui para ajudar, não machucar – O homem diante de seus olhos lhe pareceu inofensivo, levando-a a relaxar um pouco os músculos tensos.

Sem saber se deveria ou não lhe deu a mão e pode sentir como eram as mãos fortes de um guerreiro. Um tremor passou entre seu corpo ao sentir o calor penetrante das mãos daquele homem alastrar-se por todo o seu corpo. Parecia mágica corrente em suas veias. Suas bochechas ruborizaram com o simples, mas intenso toque.

O olhar que lhe direcionou, lhe pareceu frágil levando-o a deixá-la sob a proteção de seus rígido corpo, envolvendo-a em seus braços. A garota que pela primeira vez aproximava-se tanto do corpo desnudo de um homem não pode deixar de sentir-se constrangida. Nunca antes fora abraçada por homem.

Em andamento…